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Perda de soja no RS pode encarecer óleo, carne e outros produtos derivados

Farelo de soja é essencial na alimentação de galinhas e porcos. Especialistas ressaltam a necessidade de monitorar de perto os impactos das perdas nas colheitas ao longo do mês

Estima-se que a perda de soja no pé varie de 2,5 milhões a 5 milhões de toneladas
Estima-se que a perda de soja no pé varie de 2,5 milhões a 5 milhões de toneladas - Divulgação/JC Concursos
Pedro Miranda

Pedro Miranda

redacao@jcconcursos.com.br

Publicado em 10/05/2024, às 11h59

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Após a devastação das plantações de soja no Rio Grande do Sul, especialistas do setor alertam para um possível aumento não apenas nos preços do óleo de soja, mas também nas carnes de frango e de porco. O motivo? O farelo de soja, componente essencial na alimentação desses animais, está em escassez.

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Como o Rio Grande do Sul é o segundo maior produtor de soja do Brasil, a perda das colheitas impacta significativamente a oferta nacional. Antes das chuvas começarem, cerca de 30% da safra ainda não havia sido colhida, de acordo com Matheus Pereira, da consultoria Pátria Agronegócios.

Estima-se que a perda de soja no pé varie de 2,5 milhões a 5 milhões de toneladas, segundo diferentes consultorias do setor. Além disso, as perdas em silos e armazéns ainda não foram totalmente quantificadas.

A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) aumentou ligeiramente sua estimativa para a safra nacional de soja, mas não considerou os impactos das enchentes no Rio Grande do Sul. A escassez resultante pode gerar uma disputa pela soja como matéria-prima, exacerbando a tendência de alta nos preços, conforme analisa Carlos Cogo, da consultoria Cogo.

Os principais produtos afetados serão o farelo de soja, utilizado na fabricação de ração animal, o óleo de soja para consumo humano e o biodiesel. Com a ração animal mais cara, espera-se um reflexo nos preços das carnes de frango e de porco, além de uma possível alta nos preços dos óleos vegetais para o consumidor final.

Será necessário acompanhar as perdas no campo ao longo do mês de maio para avaliar o impacto total. Outro ponto, é que mesmo antes das chuvas, o Brasil já enfrentava uma quebra na safra de soja devido à seca no Centro-Oeste.

Com a expectativa de uma safra recorde no Rio Grande do Sul, a quebra na produção estava sendo compensada. No entanto, as recentes chuvas no estado, somadas às adversidades nos Estados Unidos e na Argentina, estão impulsionando os preços da soja nas bolsas internacionais.

Diante desse cenário, os agricultores podem optar por reduzir as exportações para garantir a oferta interna, o que pode resultar em vendas externas menores do que no ano anterior. Apesar disso, a demanda externa continua alta, com filas de espera recordes para a compra de soja em maio.

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